A SIBS, controlada pelos bancos do sistema, abriu formalmente um processo de venda em junho deste ano mas, recentemente, o Banco Santander comunicou aos outros acionistas que não quer vender a sua participação. Porquê? “Porque entende que essa é a melhor forma de defender o interesse nacional”, afirmou uma fonte oficial do banco espanhol ao “ECO”.
Esta terça-feira, o “ECO” revelou que há uma divergência de opiniões entre os maiores acionistas da SIBS, isto é, entre a CGD, o BCP e o Novo Banco, de um lado, e o Santander Totta, do outro. Há quase seis meses, foi tornada pública a intenção da SIBS, a empresa que gere os pagamentos multibanco em Portugal, de encontrar um parceiro estratégico internacional. No início de junho, os acionistas da companhia de pagamentos eletrónicos aprovaram formalmente o processo de venda, tendo para tal contratado como assessor financeiro o Deutsche Bank e mandatado Vítor Bento, chairman da empresa, para conduzir a operação. Mas segundo apurou agora o “ECO”, o Santander Totta, um dos acionistas, está contra essa venda e quer manter a sua participação na empresa de pagamentos.
Uma fonte oficial do banco espanhol revelou que “o Santander Totta nada tem contra a entrada na SIBS de um parceiro que traga know-how, nada tem contra a venda por outros bancos das suas posições, mas não irá vender a sua posição porque entende que essa é a melhor forma de defender o interesse nacional”.
Uma fonte de um dos outros bancos acionistas de referência da SIBS afirmou ao “ECO” que “todos estão a esconder as suas cartas”. A mesma fonte confidenciou a sua surpresa pela decisão do Santander.