A investigação do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa ao alegado desvio de dinheiros da associação Raríssimas ainda não tem qualquer arguido. Segundo a Procuradoria-Geral da República informou o inquérito foi aberto no final do mês passado na sequência de uma denúncia anónima.
Em causa estão suspeitas de que a presidente da associação, Paula Brito e Costa, tenha usado recursos da instituição – que recebe dinheiros públicos – para financiar luxos próprios. O caso foi tornado público na sequência de uma investigação da TVI. Documentos a que a estação teve acesso mostram despesas com o cartão da associação com roupa e com comida que seriam para a presidente.
No total, Paula Brito e Costa receberia um vencimento de três mil euros, mas, somando todas as outras despesas, levaria para casa perto de 6500 euros. Tanto o marido como o filho – referido pela presidente em reuniões como o “herdeiro da parada” – trabalhavam na Raríssimas.
Além das diligências em curso por parte da Polícia Judiciária, no âmbito do inquérito em curso, o Ministério da da Segurança Social também já garantiu que vai “avaliar a situação e agir em conformidade”. A Raríssimas, fundada há 15 anos por Brito e Costa – recebeu este ano 875 mil euros dos cofres do Estado.
Hoje, a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem defendeu que é possível exigir-se mais controlo do Estado sobre estas instituições, referindo que as autoridades retirarão consequências se se concluir que houve um uso indevido dos dinheiros públicos.