Pinheiros verdadeiros, de plástico, grandes, pequenos, verdes e até os que são brancos. Por esta altura, as árvores de Natal são quase omnipresentes nos lares portugueses.
Mas recuemos uns milénios: já no terceiro milénio antes de Cristo, as civilizações dos continentes europeu e asiático consideravam as árvores como um símbolo divino. A sua posição vertical e as raízes enterradas no chão eram vistas como uma aliança entre o céu e a terra.
A árvore de Natal como a conhecemos hoje em dia teve origem na Europa, por volta do séc. XVI, altura em que os cristãos levavam árvores para dentro das suas casas, mas foi já na segunda metade do séc. XIX que decorar uma árvore dentro de casa ganhou maior popularidade e começou a ser prática entre os membros dos vários estratos sociais. A primeira árvore de Natal de todas foi decorada em Riga, na Letónia, e só depois é que a Alemanha popularizou a tradição.
A lenda conta que tudo começou em 1530, com Martinho Lutero. O monge alemão caminhava na floresta quando ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve e com as estrelas no céu. Foi para casa e tentou reproduzir a ideia.
Originalmente, a árvore era decorada com rosas feitas a partir de papel colorido, maçãs e fios prateados. Já no séc. XVIII a árvore começou a ser decorada com velas. As maçãs representavam o episódio bíblico de Adão e Eva.
Hoje em dia, as maçãs foram substituídas pelas bolas coloridas, as velas foram trocadas pelas luzes. Só os fios prateados se mantêm.
Os significados são, naturalmente, de origem cristã: As luzes representam a luz divina e a importância do conhecimento, os enfeites vermelhos têm a ver com o sangue derramado por Cristo, a estrela no topo remete para o nascimento de Jesus e as fitas celebram a união da família.
Ah, e porque é que são sempre pinheiros? A explicação é simples: é uma das poucas árvores que, mesmo durante um inverno rigoroso, mantém as folhas verdes.