Os dois trabalharam juntos em 2002 no filme biográfico de Frida Kahlo. Depois de lhe ser apresentada pelo realizador Robert Rodriguez, a atriz resolveu convidá-lo para trabalhar no filme: "ele disse que sim. Mal eu sabia que chegaria a minha vez de dizer não".
De acordo com Salma Hayek, o produtor assediou-a com convites para duches, ofertas de massagens e de sexo oral. "Tive de lhe dizer que não aos pedidos para lhe abrir a porta a altas horas da noite, hotel após hotel, local após local, onde ele aparecia sem avisar, incluindo um local onde eu estava a fazer um filme no qual ele nem sequer estava envolvido", relata no artigo.
Durante as filmagens de "Frida", Weinstein terá forçado Hayek a gravar uma cena de sexo com outra mulher na qual estaria completamente nua: "tornou-se claro para mim que ele nunca me deixaria terminar o filme sem ele concretizar a sua fantasia fosse de que forma fosse. Não havia ali hipótese de negociação… Tinha de dizer que sim".
A atriz sofreu um "colapso nervoso" durante as gravações da referida cena: "o meu corpo começou a tremer de forma impossível de controlar, faltou-me o ar e comecei a chorar muito, sem conseguir parar, como se estivesse a vomitar lágrimas… Não foi por estar nua com outra mulher, foi porque estaria nua com ela pelo Harvey Weinstein", assume.
O produtor tê-la-á arrastado para fora da gala de abertura do Festival de Cinema de Veneza a fim de " passar tempo numa festa privada com ele e uma série de mulheres que pensei que eram modelos mas mais tarde descobri serem prostitutas de luxo". Hayek descreve ainda uma ameaça: "eu mato-te… não penses que não consigo".
Os representantes legais de Weinstein já reagiram às acusações num comunicado oficial citado pelo USA Today: "o Sr. Weinstein considera Salma Hayek uma atriz de primeira classe e trabalhou com ela em vários dos seus filmes. Sentiu-se muito orgulhoso com a sua nomeação para o Óscar de Melhor Atriz por "Frida" e continua a apoiar o seu trabalho. O Sr. Weinstein não se recorda de pressionar Salma para fazer uma cena de sexo gratuita com outra atriz e não esteve lá durante as filmagens. De qualquer forma, isso fazia parte da história visto que Frida Kahlo era bissexual e a cena de sexo mais importante no filme foi coreografada pela Srª. Hayek e Geoffrey Rush".