Manuel Aires Mateus nasceu em Lisboa, em 1963, tendo-se licenciado na Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa.
Foi professor na Graduate Scholl of Desing de Harvard e, atualmente, leciona na Accademia di Architettura de Mendrisio, na Suíça.
De acordo com o júri que lhe atribuiu o Prémio Pessoa,"a sua arquitetura é moderna, abstrata e contemporânea, mas parte de uma recolha de formas e materiais vernaculares portugueses, que integra de um modo exemplar. A construção de formas e volumes é feita com um caráter inovador, por subtração de matéria, esculpindo vazios, contrariando assim o sentido clássico do projetar. Na obra doméstica e na recuperação de edifício é raro provocar ruturas, mas não cede a mimetismos fáceis, conseguindo estabelecer uma continuidade entre passado e atualidade."
"A obra pública é vasta. No estrangeiro, destacam-se o Centro de Criação Contemporânea de Tours e o Museu de Design e Arte Contemporânea em Lausanne. Em Portugal, destaca-se a sede da EDP em Lisboa, onde, com dois fragmentos paralelos, o arquiteto constrói uma praça virada a sul protegida por brise-soleils, com grande efeito plástico. Nestes edifícios, ultrapassa-se o mero cumprimento do programa, construindo-se cidade", pode ler-se no comunicado do júri.
O júri foi constituído por Francisco Pinto Balsemão, Emídio Rui Vilar, Ana Pinho, António Barreto, Clara Ferreira Alves, Diogo Lucena, Eduardo Souto de Moura, José Luís Porfírio, Maria Manuel Mota, Pedro Norton, Rui Magalhães Baião e Rui Vieira Nery.
O vencedor do Prémio Pessoa receberá uma verba no valor de 60 mil euros.