Esta sexta-feira, Manuel Maria Carrilho foi absolvido do crime de violência doméstica contra a sua ex-mulher, Bárbara Guimarães. No entanto a sentença ainda está a ser lida e o ex-ministro ainda está a ser acusado de difamação
A juíza justificou a sua decisão dizendo que as provas trazidas para tribunal, como fotografias tiradas com telemóvel, testemunhos e ainda as notícias que foram surgindo sobre a violência doméstica, não servem para provar a existência do crime.
A juíza Joana Ferrer referiu que, sendo Bárbara Guimarães uma mulher “determinada e dona da sua vontade” não é plausível que na sequência das agressões tenha continuado ao lado de Manuel Maria Carrilho.
"Uma mulher determinada e senhora da sua vontade (como afirmado pelos seus próprios amigos) ‘casa’ mal com qualquer tipo de inibição, no caso de efetivamente se encontrar numa situação de perigo a que tivesse de reagir", escreveu a juíza.
Joana Ferrer estranhou as entrevistas que Bárbara Guimarães deu onde descrevia a sua vida como feliz, mesmo num “período temporal em que já estaria a ser sujeita a agressões psicológicas e físicas”.
Na sentença, a juíza disse que Bárbara Guimarães deveria ter ido ao Instituto de Medicina Legal para documentar as agressões, mas não foi.
A 31 de outubro, noutro processo em que o casal está envolvido, o tribunal condenou Carrilho a quatro anos e seis meses de prisão com pena suspensa por agressão, injúria, violência doméstica e outros crimes cometidos contra a apresentadora. O ex-ministro foi ainda obrigado a frequentar um programa de sensibilização contra a violência doméstica e proibido de contactar Bárbara Guimarães.