A indústria metalúrgica e metalomecânica de Portugal continua a dar cartas pelo mundo fora e este ano baterá recordes de exportação. O investimento estrangeiro tem vindo a crescer e nos últimos dois anos várias empresas têm vindo a instalar-se no país. Mas não há bela sem senão e neste caso é o emprego. O setor tem dezenas de milhar de postos de trabalho por preencher e a formação profissional tem sido impedida pelas cativações do Ministério das Finanças.
«A nossa principal dificuldade é o emprego». resume ao SOL o vice-presidente executivo da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP). «De acordo com o último estudo feito, são 28 mil os postos de trabalho» em aberto, revela. «Quer trabalhadores qualificados e menos qualificados. Precisamos de mais trabalhadores», acrescenta Rafael Campos Pereira, para quem o setor tem de «atrair talentos no exterior».
Mas para a atração destes talentos há um «problema ainda maior». Segundo o responsável, o Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica (CENFIM) tem sido «fortemente afetado pelas cativações orçamentais», o que tem «impedido a abertura de novas turmas». Os jovens que seguem os cursos do CENFIM são absorvidos pelas mais de 15 mil empresas do setor.
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