Depois de ter anunciado a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, Donald Trump prepara-se para retirar as alterações climáticas da Estratégia de Segurança Nacional, segundo informações publicadas pela imprensa internacional.
Esta é mais uma rutura com as políticas de Barack Obama. Em 2015, Obama tinha preparado um documento estratégico que apontava as alterações climáticas como "uma ameaça urgente e crescente" para a segurança.
Mas o novo documento já não inclui esta decisão. "As alterações climáticas não são identificadas como uma ameaça à segurança nacional, mas o clima e a importância do ambiente e da gestão ambiental são mencionadas", garantiu um alto funcionário norte-americano, que está a ser citado pela imprensa internacional.
Outro funcionário norte-americano contou, sob anonimato à Associated Press, algumas questões abordadas no plano de Trump. O documento que será apresentado esta segunda-feira será focado em quatro pilares: a proteção do país e modo de vida, a promoção da prosperidade americana, o empenho na paz através da força e a progressão na influência dos Estados Unidos num mundo cada vez mais competitivo.
No mesmo documento, China e Rússia são vistos como "revisionistas", ou seja países que desafiam o poder, segurança e prosperidade norte-americana. Tanto os governos de Pequim como de Moscovo estão "determinados a tornar as economias menos livres e menos justas, desenvolver o poder militar, controlar informação e dados, reprimir as respetivas sociedades e expandir a respetiva influência".
Segundo a informação cedida à imprensa norte-americana, estes países exigem aos EUA que repensem "a política seguida nas últimas duas décadas — políticas baseadas na suposição de que a cooperação com países rivais e a respetiva inclusão nas instituições internacionais de comércio global os transformaria em atores benignos e em parceiros fiáveis", uma premissa que "em grande parte" viria a "revelar-se falsa", pode ainda ler-se.