A invasão de campo por parte de um adepto do FC Porto, no último clássico com o Benfica, resultou numa multa de 2869 euros para os dragões. A decisão da Liga teve por base os relatórios do árbitro Jorge Sousa, dos delegados e da polícia presente no Estádio do Dragão no dia 1 deste mês.
O adepto em questão, recorde-se, aproveitou uma confusão junto ao banco do Benfica para entrar no relvado e empurrar Pizzi, tendo sido de pronto imobilizado pelos stewards e entregue à polícia. Em cima da mesa chegou a estar um cenário de interdição do Dragão – que só seria viável se a ação do indivíduo tivesse provocado uma lesão grave a Pizzi ou interrompido o jogo.
Aos 2869 euros pelo referido incidente, junta-se mais uma multa de 153 euros por entrada de material pirotécnico e tarjas ofensivas no estádio, além de 1148 euros pelos insultos dos adeptos portistas ao Benfica e ao seu guarda-redes, Bruno Varela durante o jogo, bem como pela exibição de uma tarja ofensiva para as águias, e ainda mais 4020 euros pela deflagração de material pirotécnico (cinco petardos, cinco flash lights e quatro potes de fumo). As águias, por seu lado, pagam um total de 3253 euros pelo comportamento incorreto do público no Dragão: 383 por insultos ao FC Porto e 2870 pela deflagração de material pirotécnico (um petardo durante o jogo e quatro no final, uma tocha e três flash lights).
O Benfica, entretanto, reagiu à decisão da Liga, considerando muito leves as sanções aplicadas aos dragões. Os encarnados pedem ainda à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) os relatórios da polícia e do delegado, desejando ainda conhecer o estado do processo disciplinar aberto a Luís Gonçalves, diretor-geral do FC Porto, e manifestam "estranheza e perplexidade" pela falta de sanções por outras situações, nomeadamente o arremesso de bolas de golfe na direção de Bruno Varela e hastes de bandeiras para o banco de suplentes chefiado por Rui Vitória.