O ex-diretor-adjunto do jornal Expresso, Nicolau Santos, vai ser nomeado pelo governo para presidente do Conselho de Administração da Lusa, avança a própria agência, numa informação confirmada pelo gabinete do Ministério da Cultura.
Nicolau Santos tinha anunciado a sua saída do Expresso a 14 de dezembro, depois de 20 anos a trabalhar na redação do jornal. Em comunicado, a Impresa afirmou que o ex-diretor-adjunto iria continuar com o espaço de opinião que tem no caderno de economia do semanário, assim como no site, e manteria a presença no programa da SIC Notícias "Expresso da Meia-noite", onde é comentador e moderador.
A nomeação vem na sequência da comunicação feita esta quarta-feira aos trabalhadores da agência onde a atual presidente Teresa Marques anuncia que será constituída uma nova administração na próxima assembleia geral, agendada para a primavera de 2018. Teresa Marques afirmou que ia continuar em funções até lá, no entanto colocou de parte a possibilidade de integrar um novo mandato.
A nova administração da agência noticiosa já teve vários nomes possíveis. Na edição desta quinta-feira, o jornal Público avançou os nomes dos ex-ministros da cultura Gabriela Canavilhas e João Soares como principais opções. Ao jornal, Canavilhas mostrou-se atrapalhada e negou ter sido convidada, tendo depois publicado uma nota no Twitter em que afirma não ter sido convidada para a administração da agência, reforçando ainda que esta deve ser presidida por alguém da área dos media. João Soares remeteu a questão para o próximo ano dizendo que "nunca ouviu tal coisa".
Tanto Canavilhas com Soares foram protagonistas de momentos polémicos com jornalistas e comentadores. O filho de Mário Soares ameaçou, em abril de 2016, dar "um par de bofetadas" a colunistas do jornal Público, Augusto M. Seabra e Vasco Pulido Valente, depois de uma crítica feita ao seu mandato enquanto ministro da Cultura. Também na mesma altura, Canavilhas utilizou a sua conta Twitter para defender o despedimento de uma jornalista do mesmo jornal.
O nome do provedor do espetador da RTP, Jorge Wemans, e de Gustavo Cardoso, docente do ISCTE também foram colocados em cima da mesa. No entanto Wemansgarantiu que ia terminar o seu mandato na televisão pública, enquanto Cardoso avançou o com uma candidatura à reitoria da faculdade, o que inviabiliza a nomeação.