Martin Schulz abandonou o Parlamento Europeu para ser o candidato do Partido Social Democrata da Alemanha (SPD) nas eleições federais alemãs, de setembro, e na mala trazia promessas de recuperar autoestima do maior partido de centro-esquerda do país.
Mas o falhanço do objetivo, depois de o SPD ter alcançado o pior resultado eleitoral do desde o final da Segunda Guerra Mundial, valeu-lhe um prémio que nenhum político gostaria de receber: o de ‘maior perdedor do ano’ da política interna alemã.
Segundo uma sondagem da Kantar Emnid/Funke, baseada nos testemunhos de 1005 pessoas e divulgada na quinta-feira, 67% dos inquiridos entendeu que Schulz foi o grande perdedor de 2017, contra 23% que acreditam que foi vencedor. Além da derrota eleitoral, o ano do líder do SPD ficou marcado por uma mudança de planos frustrante, quando aceitou sentar-se à mesa com Angela Merkel para discutir uma solução para desbloquear o impasse político alemão.
O mesmo estudo também coloca Merkel no grupo dos ‘perdedores’, com 53% da amostra a considerar que a chanceler reeleita teve um mau ano. Horst Seehofer, líder da União Social-Cristã (CSU), da Baviera, completa a lista dos fracassos de 2017.
Markus Söder, responsável pela pasta das Finanças bávara, surge na sondagem como o ‘vencedor do ano’ da política alemã (43%), seguido de Cem Özdemir, dos Verdes (45%).
Christian Lindner, do Partido Liberal Democrata (FDP) ficou-se pelo meio termo, com 40% dos inquiridos a considerá-lo derrotado de 2017 e 38% a vê-lo como vencedor.