Na sexta-feira, cinco projetos de lei referentes ao alojamento local foram discutidos no plenário do Parlamento, baixando à Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação, sem votação, para discussão na especialidade.
Em comunicado, a APEMIP manifesta “receio” sobre o futuro do alojamento local, apontando que “com a eventual aprovação de uma medida desta natureza” poderá estar em causa o alojamento local, uma vez que há “muito populismo” em relação ao impacto do alojamento local nos centros das cidades.
De acordo com o presidente da associação, este mercado foi "a verdadeira pedra de toque para a dinamização do setor imobiliário no país", uma vez que “trouxe investimento, incentivou a reabilitação urbana, redinamizou os centros das cidades, salvou setores como a construção ou a restauração e gerou emprego para muita gente”.
Segundo Luís Lima, “os anticorpos que se geram são desmedidos, pois na balança os benefícios são bem maiores do que os malefícios".
O representante das imobiliárias acrescenta ainda que os problemas habitacionais que existem, sobretudo nas principais cidades do país já existiam bem antes de o alojamento local ganhar a dinâmica que tem ganho em Portugal.
"O mercado de alojamento local tem sido o bode expiatório para os problemas habitacionais que se vivem nas grandes cidades. Mas, só em receita fiscal este mercado arrecadou mais de 120 milhões de euros em 2017”.
Antes, a maioria das propostas dos partidos já tinha sido contestada pela Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP).
O presidente da ALEP considera que são “desajustadas” e que podem “colocar em causa o setor”. Eduardo Miranda afirma mesmo que algumas delas poderiam “matar o alojamento local”.
Atualmente, em Portugal, existem 56 100 alojamentos locais registados.