O Barclays, o Citi, o Crédit Agricole, o Goldman Sachs, o JPMorgan e o Novo Banco foram os bancos mandatados para realizar a operação, revela a agência Bloomberg. As condições da operação deverão ser determinadas esta quarta-feira, 10 de janeiro, dia em que a emissão será concretizada.
Na última emissão de dívida sindicada, a 11 de janeiro de 2017, o Tesouro português emitiu três mil milhões de euros a dez anos com um juro de 4,227%. Atualmente a taxa de juro implícita na dívida portuguesa a 10 anos está a negociar em torno de 1,90%, sendo habitual neste tipo de operações haver um prémio.
Estes novos títulos de dívida da República portuguesa terão a maturidade em 17 de outubro de 2028 e chegarão ao mercado com um rating de Ba1/BBB-/BBB. Falta apenas a oficialização da operação pelo Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP).
O IGCP, agência do Estado que faz a gestão da dívida pública apresentou na segunda-feira o programa de financiamento da República Portuguesa para este ano. A entidade liderada por Cristina Casalinho prevê a emissão de 15 mil milhões de euros em OT para fazer face a necessidades de financiamento de quase 10,9 mil milhões de euros.
O IGCP diz que vai focar-se na emissão de OT numa estratégia que visa "promover a liquidez e um funcionamento eficiente dos mercados primário e secundário", mas sem adiantar qualquer calendarização para estas emissões, mas admite que serão operações regulares. Explorar operações de "troca e recompras de títulos" é também uma opção.
Em termos de leilões de títulos de curto prazo, já há datas para as operações no primeiro trimestre. Na próxima semana o IGCP conta levantar até 1750 milhões em Bilhetes do Tesouro a 6 e 12 meses.
Estão ainda previstos leilões de BT a 21 de fevereiro e a 21 de março, com os montantes indicativos a superarem os 1000 milhões de euros. Quanto ao retalho, "na estratégia de financiamento para 2018 o IGCP também antecipa uma contribuição positiva de 1,8 mil milhões de euros" destes produtos direcionados para as famílias.
Apesar de o IGCP admitir este contributo positivo das famílias, o Governo autorizou o IGCP a emitir até 4000 milhões de euros em Certificados de Aforro e do Tesouro Poupança Crescimento.