Na muito aguardada – e já bastante adiada – remodelação do governo britânico liderado por Teresa May, houve uma saída barulhenta. Ontem, Justine Greening, ministra da Educação, rejeitou o convite de May para assumir a pasta do Trabalho e da Segurança Social. Quando assumira a pasta da Educação, após vitória eleitoral dos conservadores, havia considerado o posto como o seu “trabalho de sonho”.
Ao recusar participar na remodelação executiva, Greening justificou-o à BBC, dizendo que a “mobilidade social e o país” lhe interessam “mais que uma carreira ministerial”. “Continuarei a trabalhar fora do governo e a fazer tudo para criar um país que pela primeira vez tenha igualdade de oportunidades para os jovens, seja onde for que estejam a crescer”, disse Greening. A primeira-ministra, May, manifestou-se “desapontada”, mas “respeitando a decisão de saída do governo”. Greening permanecerá na Câmara dos Comuns, sendo uma das vozes mais fortes na ala modernizadora do Partido Conservador britânico. Será substituída no governo de Theresa May por Damian Hinds, secretário de Estado do Trabalho. O sindicato nacional de professores (NAHT) agradeceu o “empenho” de Greening.
“A relação entre o governo e os líderes escolares melhorou durante o seu mandato à frente do ministério”, escreveu-se. A sua contraparte trabalhista, Angela Rayner, ministra-sombra da Educação, também a cumprimentou na despedida. “Apesar de não concordar com ela numa série de assuntos, Justine tratou-me sempre com respeito e dignidade enquanto desempenhámos o nosso respetivo papel”, tweetou. “Desejo-lhe o melhor, seja qual for o caminho que escolher.”O ministro da Irlanda do Norte também saiu do executivo (a que os britânicos chamam “Cabinet”), mas por razões de saúde (será submetido a cirurgia pulmonar).
Quatro outras mudanças foram levadas a cabo e mais devem vir a ter curso hoje. Ontem, Nicholas Soames, neto de Winston Churchill e antigo governante dos conservadores, reagiu à remodelação com algum ceticismo: “É só isto?” Regresso dos “cameronites”Osborne, que foi dispensado por May assim que Cameron saiu, depois do referendo, tem-se dedicado a ataques subtis e irónicos a Theresa May como diretor do jornal “Evening Standard”. Ontem, em reação à remodelação, parabenizou cinco membros do Partido Conservador por integrarem o “novo” governo de May. “Feliz por ver tantos da antiga equipa do Tesouro a triunfar (e sobreviver) nesta estranha remodelação. Todos competentes, criativos, empenhados e trabalhadores”, saudou o homem para quem a vida política não terminou.
A deputada Claire Perry, sua protegida, mas não mencionada, que saiu de secretária de Estado ao mesmo tempo que Osborne saiu do governo, em 2016, também regressou ao Cabinet britânico. Na muito aguardada – e já bastante adiada – remodelação do governo britânico liderado por Teresa May, houve uma saída barulhenta.
Ontem, Justine Greening, ministra da Educação, rejeitou o convite de May para assumir a pasta do Trabalho e da Segurança Social. Quando assumira a pasta da Educação, após vitória eleitoral dos conservadores, havia considerado o posto como o seu “trabalho de sonho”.
Ao recusar participar na remodelação executiva, Greening justificou-o à BBC, dizendo que a “mobilidade social e o país” lhe interessam “mais que uma carreira ministerial”. “Continuarei a trabalhar fora do governo e a fazer tudo para criar um país que pela primeira vez tenha igualdade de oportunidades para os jovens, seja onde for que estejam a crescer”, disse Greening.
A primeira-ministra, May, manifestou–se “desapontada”, mas “respeitando a decisão de saída do governo”. Greening permanecerá na Câmara dos Comuns, sendo uma das vozes mais fortes na ala modernizadora do Partido Conservador britânico. Será substituída no governo de Theresa May por Damian Hinds, secretário de Estado do Trabalho. O sindicato nacional de professores (NAHT) agradeceu o “empenho” de Greening. “A relação entre o governo e os líderes escolares melhorou durante o seu mandato à frente do ministério”, escreveu-se.
A sua contraparte trabalhista, Angela Rayner, ministra-sombra da Educação, também a cumprimentou na despedida. “Apesar de não concordar com ela numa série de assuntos, Justine tratou-me sempre com respeito e dignidade enquanto desempenhámos o nosso respetivo papel”, tweetou. “Desejo-lhe o melhor, seja qual for o caminho que escolher.”
O ministro da Irlanda do Norte também saiu do executivo (a que os britânicos chamam “Cabinet”), mas por razões de saúde (será submetido a cirurgia pulmonar). Quatro outras mudanças foram levadas a cabo e mais devem vir a ter curso hoje.
Ontem, Nicholas Soames, neto de Winston Churchill e antigo governante dos conservadores, reagiu à remodelação com algum ceticismo: “É só isto?”
Regresso dos “cameronites”
A ressurreição levou tempo, mas atracou. Cinco dos membros que protagonizaram a remodelação estiveram com George Osborne no Ministério das Finanças quando este era o número 2 de David Cameron.
Osborne, que foi dispensado por May assim que Cameron saiu, depois do referendo, tem-se dedicado a ataques subtis e irónicos a Theresa May como diretor do jornal “Evening Standard”. Ontem, em reação à remodelação, parabenizou cinco membros do Partido Conservador por integrarem o “novo” governo de May. “Feliz por ver tantos da antiga equipa do Tesouro a triunfar (e sobreviver) nesta estranha remodelação. Todos competentes, criativos, empenhados e trabalhadores”, saudou o homem para quem a vida política não terminou.
A deputada Claire Perry, sua protegida, mas não mencionada, que saiu de secretária de Estado ao mesmo tempo que Osborne saiu do governo, em 2016, também regressou ao Cabinet britânico.