O estratega da candidatura de Donald Trump à presidência norte-americana, Steve Bannon, deixou o cargo de diretor executivo da Breitbart News, a mais conhecida plataforma noticiosa precursora do pensamento alt-right do país e um importante veículo de propaganda nacionalista, supremacista e anti-globalista.
Segundo o “New York Times”, a saída do antigo conselheiro do presidente – afastado da Casa Branca em agosto – terá sido motivada pela perda de confiança da principal acionista da Breitbart, Rebekah Mercer, na sequência das suas críticas ao filho de Trump, reveladas no livro “Fire and Fury: Inside the Trump White House”, do jornalista Michael Wolff.
Watch: Steve Bannon has stepped down as executive chairman of Breitbart News. The former White House strategist's departure is the latest fallout from an incendiary tell-all book about Donald Trump. https://t.co/W4J9rwnpGw pic.twitter.com/8nXwdhOe9a
— Financial Times (@FinancialTimes) January 10, 2018
Bannon tinha catalogado os contactos entre Donald Jr. e elementos ligados ao governo russo, durante a corrida de Trump à Casa Branca, como “pouco patrióticos”, e passíveis de serem entendidos como uma “traição” aos norte-americanos. Em resposta, o presidente disse que o homem que concebeu a doutrina America First “perdeu o juízo” e minimizou o seu papel na vitória eleitoral sobre Hillary Clinton, em novembro de 2016.
Steve Bannon ainda tentou emendar a mão, ao esclarecer que Trump Jr. era, afinal, “um patriota e um bom homem”, mas tal postura terá sido insuficiente para convencer os financiadores do Breitbart News.
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