Em relatório sobre tendência de mercado a CBRE justifica a previsão com a esperada permanência de uma “elevada liquidez a nível global” e o crescimento exponencial do turismo, com reflexos na hotelaria.
A consultora recorda ter sido batido no ano passado o recorde de 2015, com um investimento de 2,2 mil milhões de euros e que em 2018 se prevê “um elevado investimento em centros comerciais e escritórios”.
Segundo a CBRE, “à semelhança do que se observou em 2017 deveremos assistir a uma maior procura por unidades hoteleiras em operação ou mesmo terrenos para construção". O interesse por unidades com contratos de gestão tem aumentado, com os investidores a mostrarem uma "maior abertura pela partilha do risco de exploração do negócio" no setor hoteleiro.
O documento da CBRE refere que deverá continuar a compra de casas para reabilitação e também uma tendência de investimento no arrendamento. A procura de produtos alternativos, como residências de estudantes e unidades de saúde, também deverá subir e chegar a 10 a 15% do investimento total em 2018.
A falta de escritórios vai continuar ao longo de 2018, o que se refletirá na continuação da descida da taxa de disponibilidade e na subida das rendas 'prime', que pode ser de 3% a 5%. A oferta e procura de espaços de escritórios flexíveis será maior e haverá a transformação de antigos armazéns ou centros comerciais em escritórios.
No comércio, as vendas devem ter um acréscimo na ordem dos 2,5%, prevendo-se uma remodelação ou expansão de os centros comerciais. Não se esperam novos projetos de centros comerciais.