“Temos menos meio milhão de utentes sem médico de família desde o início da legislatura (…). Mas eu não durmo descansado enquanto temos 700 mil utentes sem resposta estruturada. E preocupa-me que não haja equidade”, afirmou Fernando Araújo, secretário Adjunto e da Saúde, em entrevista à agência Lusa.
Até ao final da legislatura, o Ministério da Saúde espera conseguir atribuir médico de família a todos os portugueses, mas o ministro afirmou ser necessário esperar para ver se a ideia pode ser mesmo concretizada.
Fernando Araújo relembrou ainda que existe uma grande diferença entre o número de utentes com médico de família entre a região Norte e a região de Lisboa e Vale do Tejo. No norte existe um maior número de utentes com médico de família do que na região de Lisboa e Vale do Tejo.
O secretário reconheceu ainda que os médicos de família deveriam ter uma redução no número de pacientes, para que tenham “tempo suficiente” para atender cada utente.
Quanto à nova ameaça de greve por parte dos médicos, Fernando Araújo referiu que brevemente as negociações serão retomadas e que serão encontradas soluções adequadas. “Vamos reiniciar o diálogo e vamos encontrar seguramente soluções”, sublinhou.