Isabel do Carmo foi militante do Partido Comunista Português. Fundou com Carlos Antunes, em 1970, as Brigadas Revolucionárias, uma das primeiras organizações políticas em Portugal a defender as ações armadas contra a ditadura fascista. Médica prestigiada e ativista, escreveu recentemente um livro que faz uma espécie de balanço histórico e político da violência e das suas ideias políticas: “Luta Armada – Brigadas Revolucionárias, a ARA e a LUAR contadas pelos seus dirigentes e os dias de fúria da Europa Rebelde”.
Alguma vez colocou a hipótese de matar alguém?
Não, para mim, isso sempre foi muito claro, nem sequer tenho hesitações. Acho que deve haver uma linha vermelha que nos diz: não podemos matar ninguém, mesmo que seja o nosso maior inimigo. Eu nunca pus essa hipótese na minha vida.
Mas andou armada.
Andei armada antes e depois do 25 de Abril.
Para quê, então?
[Risos] A sua objeção é lógica. Andei armada para me defender, embora a pessoa, para se defender, pode matar outra. Mas eu nunca pus essa hipótese. É uma contradição.
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