"Há que acabar com a ideia de que os neandertais se extinguiram basicamente porque eram incapazes de se adaptar ao meio ambiente e ao clima", referiu o arqueólogo em declarações à Efe.
De acordo com Ríos-Garaizar, existem vários estudos que sugerem que, há 70 mil anos, os neandertais, que antecederam ao homem moderno, sofreram uma "grande contração", que estaria ligada a "um agravamento do clima muito rápido", algo que levou a uma diminuição dos recursos disponíveis, e que terá provocado o isolamento de alguns grupos e a extinção de outros.
No entanto, o especialista lembra que, apesar de terem vivido sob estas circunstâncias, os neandertais conseguiram superar as mesmas adversidades, algo que até lhes permitiu “melhorar as expressões culturais”.
O espanhol indica ainda que os neandertais viveram em "lugares geográficos com características muito distintas", tanto em "épocas glaciares duríssimas", como em ambientes "quase tropicais".
Ríos-Garaizar admite que os homens modernos possam ter chegado à Europa há cerca de 43 mil anos e, portanto, esta chegada pode ter surpreendido os neandertais, uma vez que, numa altura em que se encontravam “em equilíbrio precário” foram confrontados com a presença “de uma nova espécie”, que competia com eles os recursos disponíveis na natureza.
A população neandertal "estava a diminuir aos poucos", na Europa, ao contrário da dos homens modernos.