“Tecnicamente o processo [caso de Manuel Vicente que foi arquivado] está irrepreensível […] o sotor não consegue apontar um lapso ou uma leviandade que seja.” O tom com que o antigo procurador se dirigiu ontem ao coletivo de juízes marcou o arranque do julgamento do caso Fizz – a sessão foi quase toda dedicada à audição deste arguido. Orlando Figueira começou a ser ouvido ainda na parte da manhã, logo após ter sido aceite a proposta do Ministério Público para que Manuel Vicente seja julgado em separado.
Ainda na parte da identificação, o juiz presidente Alfredo Costa sentiu necessidade de advertir Figueira, uma vez que, quando questionado sobre qual a sua profissão, responde “preso”.
Após o juiz ter levantado o tom de voz e referido que não aceitaria brincadeiras perante o tribunal, o antigo procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) justificou a sua resposta dizendo que não é advogado porque não tem dinheiro para pagar a inscrição na Ordem dos Advogados, nem procurador da República uma vez que está com licença sem vencimento, concluindo que, por isso, não é “nada”: “Estou há dois anos preso de forma injusta”.
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