A revista “Vanity Fair” removeu digitalmente James Franco da capa da sua edição anual dedicada a Hollywood, depois de, após a cerimónia de entrega dos Globos de Ouro, cinco mulheres se terem queixado de terem sido vítimas de assédio por parte do ator e realizador.
De acordo com várias fontes ouvidas pela “Hollywood Reporter”, Franco tinha sido entrevistado e fotografado por Annie Leibovitz para a capa da revista, juntamente com Michael B. Jordan, Reese Witherspoon, Nicole Kidman, Claire Foy e Michael Shannon. Mas a publicação decidiu agora apagá-lo da imagem.
12 extraordinary stars, one very momentous year. The 2018 Hollywood portfolio is here: https://t.co/6PfsFsPzK1 pic.twitter.com/MfRsp2y9Z3
— VANITY FAIR (@VanityFair) January 25, 2018
Na edição dos Globos de Ouro deste ano, em que a maioria dos convidados se vestiu de preto pelo #MeToo, James Franco foi distinguido com o prémio de Melhor Ator na categoria Musical ou Comédia, por “Um Desastre de Artista” – filme sobre “The Room”, conhecido como “melhor pior filme de sempre”, de Tommy Wiseau.
Foi depois da cerimónia que várias mulheres vieram acusá-lo de hipocrisia, por ter usado um pin do #Time’sUp, num artigo publicado a 11 de janeiro pelo “Los Angeles Times”. Quatro delas eram antigas alunas que contam que Franco se comportava nas rodagens de forma sexualmente inapropriada.
Nos programas “The Late Show With Stephen Colbert” e “Late Night With Seth Meyers”, Franco disse que aquilo de que era acusado não correspondia à verdade. “Apoio totalmente as pessoas que estão a [ganhar coragem para] falar e a ter uma voz, porque não a tiveram durante tanto tempo”, disse. “Não quero silenciá-la, de forma alguma. Acho que é uma coisa positiva, que apoio.”