A primeira Casa dos Horrores. “Havia fezes esmagadas nas paredes”

Dona da antiga casa da família Turpin revelou pormenores sobre a habitação onde viviam, no Texas

São revelados cada vez mais pormenores sobre a casa onde viveram os Turpin e os seus 13 filhos – que foram encontrados pela polícia subnutridos e com sinais de maus-tratos.

A dona da casa onde a família viveu até 2011, em Rio Vista, no Texas (EUA), disse em entrevista à CNN que quando comprou a casa encontrou um sítio “nojento”.

"Havia fezes esmagadas nas paredes. Na sala de estar e nas várias divisões havia um cheiro horrível", afirmou Nellie Baldwin.

Baldwin, de 78 anos, revelou que o banco só a deixou ver a casa depois de assinar o termo de responsabilidade, impedindo assim que a compradora responsabilizasse a instituição pelo estado da casa.

Na altura, o banco fez uma limpeza no exterior, mas não no interior, que estava imundo e com um cheiro nauseabundo. “Havia lixo por todo o lado”, recordou. "É de partir o coração. É mesmo triste pensar que havia crianças a viver naquela casa", acrescentou.

David e Louise Turpin estão acusados de 38 crimes contra os seus 13 filhos, que, em meados de janeiro, foram resgatados pelas autoridades.

Alguns dos filhos de David e Louise “foram encontrados acorrentadas às suas camas com correntes e cadeados, na escuridão e num ambiente com cheiros nauseabundos”, lê-se no comunicado emitido pela polícia do condado de Riverside, na Califórnia. Quando entraram no número 160 da Rua Muir Woods, em Perris, as autoridades ficaram chocadas com o estado das vítimas. Pareciam ser todas menores de idade, mas o aspeto frágil devia-se às condições deploráveis em que viviam: na verdade, a filha mais nova dos Turpin tinha dois anos, mas o mais velho tinha 29. A jovem de 17 anos que conseguiu fugir de casa e alertar a polícia para o que se estava a passar “parecia ter 10”, devido ao seu “tamanho pequeno e aparência magra”, descreveram as autoridades.

David, de 57 anos, e Louise, de 49, foram imediatamente questionados sobre o que se estava a passar, mas foram “incapazes de dar uma razão lógica que justificasse o facto de os seus filhos estarem fechados em casa naquelas condições”.