Diocese dispensa padre que assumiu paternidade de criança

Já foi nomeado um substituto

Depois de ter assumido publicamente a paternidade de uma criança, o padre Giselo Andrade foi dispensado este domingo pela Diocese do Funchal, apesar de continuar a exercer o ministério sacerdotal. 

Numa nota divulgada no seu site, a Diocese afirma que, não obstante o "compromisso de assumir todas as responsabilidades inerentes à situação", os sacerdotes católicos "aceitam e comprometem-se, em plena liberdade, a viver o dom do celibato no seu ministério de serviço ao Povo de Deus". A instituição assumiu ainda que o anúncio público representou uma "ocasião ou motivo para questionar e contestar a atual disciplina da Igreja, desconhecendo-se o sentido espiritual da mesma", reafirmando que a instituição religiosa não se mantém "estática" no tempo. 

O sacerdote demonstrou vontade em continuar a exercer o ministério sacerdonal, chegando a acordo com a Diocese. "Após diálogos com o próprio sacerdote, ouvidas algumas instâncias da Igreja e percecionando um sentido eclesial comum, por parte de sacerdotes, consagrados e leigos, entendeu-se que constitui maior bem para o padre Giselo Andrade e para a Igreja diocesana, dispensá-lo de pároco do Monte, podendo continuar a exercer o ministério pastoral, através de algumas atividades que lhe estavam já confiadas, na área das comunicações, e outras que eventualmente lhe sejam atribuídas", pode ler-se na nota. 

Para a substituição do padre Andrade foi nomeado o Reverendo Cónego Vítor dos Reis Franco Gomes, paróco da Sé, em regme de acumulação de funções. A Diocese reafirmou a vontade em continuar com os projetos já definidos no passado, nomeadamente a construção da capela da Imaculada Conceição, nas Babosas.