Graça Freitas explicou que está a acompanhar o caso, e que o choque térmico e outro químico foram algumas das medidas preventivas tomadas para combater o foco de legionela que voltou a surgir, mas desta vez no hospital Cuf Descobertas.
“Agimos pelo sentido da precaução, como se tivéssemos a certeza de que a origem está no hospital”, afirma a diretora-geral, em em declarações à Renascença. “Foram tomadas todas as medidas preventivas para interromper a cadeia de transmissão”, garante Graça Freitas.
“Além de recolhidas águas para análise e produtos biológicos dos doentes também para análises, foram feitas as intervenções necessárias, nomeadamente um choque térmico – portanto, uma temperatura elevada da água na rede para eliminar a bactéria – um choque químico – ou seja, reforçar a quantidade de químicos desinfetantes que essa água tem – e foram, por medida de precaução, suspensos os banhos de chuveiro”, indica a diretora-geral da Saúde.
Até ao momento, há quatro pessoas infetadas, todas elas do sexo feminino – duas funcionários do hospital e duas utentes que já tinham estado internadas.
A legionela é uma bactéria responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória.
A infeção não se transmite entre humanos sendo contraída por via respiratória, através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias.