Fizz. Blanco afirma não saber quem fez a oferta a quem no encontro entre Carlos Silva e Orlando Figueira

O advogado admitiu que convidou Orlando Figueira a juntar-se a ele, à sua mulher e a Carlos Silva para tomarem café no Hotel onde estavam hospedados no âmbito da semana da legalidade em Angola, mas que era normal avisarem-se uns aos outros quando saiam do quarto.

O advogado do estado angolano, Paulo Blanco, que tem falado ponto a ponto sobre a acusação, referiu, esta tarde, no decorrer do julgamento, que houve efetivamente um encontro entre Carlos Silva e Orlando Figueira para tomarem um café no Hotel Trópico, em Luanda – local onde estavam hospedados na sequência da semana da legalidade.  "Estávamos todos hospedados no mesmo hotel. Nesse dia eu tinha combinado beber um café com o dr. Carlos Silva e bati à porta de Orlando Figueira e disse-lhe "'olha vou descer, se quiser vir nós vamos ali beber café'", completando que "não foi nenhuma reunião", mas apenas um encontro para tomar café.

Ao ser confrontado pelos juízes sobre a proposta de emprego e o encontro entre Orlando Figueira e Carlos Silva o advogado afirmou que durante o café, onde estava presente Orlando Figueira, Carlos Silva, Paulo Blanco e a sua mulher juntou-se uma outra pessoa, Maria Luísa Perdigão Abrantes, a presidente da agência do investimento estrangeiro de Angola. "Nesse encontro surgiu uma quarta pessoa, que eu não conhecia, a senhora Maria Luísa Perdigão Abrantes e ficámos a fazer conversa de circunstância".

Quando questionado se houve efetivamente proposta, ou não, e por que razão convidou o antigo procurador para tomar café, visto que o encontro teria sido combinado entre o advogado, a sua mulher e Carlos Silva, Blanco explicou que era frequente quando desciam dos quartos avisarem os restantes, razão pela qual convidou Orlando Figueira.

Os juízes, ao insistirem se houve realmente proposta de trabalho e quem abordou quem primeiro, o advogado respondeu dizendo que o encontro aconteceu e que "efetivamente houve conversa, parte a parte de trabalhar em Angola", defendendo-se com uma analogia: "quem a convidou para dançar eu não sei, mas que estavam a dançar estavam".