O presidente dos EUA, Donald Trump, anunicou que irá manter a prisão militar em Guantánamo de portas abertas. Esta ordem executiva deita por terra os esforços do seu antecessor, Barack Obama, para encerrar o estabelecimento prisional.
Apesar de ainda não ter enviado nenhum detido para Guantánamo, Donald Trump tem deixado bem claro ao longo do seu mandato que tenciona manter a prisão aberta.
Na terça-feira, durante o seu primeiro discurso do Estado da União, o presidente dos EUA defendeu o funcionamento desta prisão militar, argumentando que esta é um dos pilares essenciais à proteção da segurança nacional.
“Os terroristas não são meros criminosos. São combatentes criminosos e inimigos. E, quando são capturados no estrangeiro, devem ser tratados como os terroristas são”, afirmou Donald Trump. “No passado, libertámos loucamente centenas de terroristas perigosos apenas para os encontrar novamente no campo de batalha", acrescentou.
Guantánamo, o centro prisional aberto após o atentado de 11 de setembro de 2001, durante a presidência de George W. Bush, teve dois anos depois a sua lotação máxima: 680 reclusos. Antes de deixarem o cargo de presidente dos EUA, Bush transferiu cerca de 500 e Obama 197, deixando apenas 41 naquele estabelecimento prisional.
