O número de casos de legionela registados no Hospital CUF Descobertas, em Lisboa, subiu para 11, oito mulheres e três homens, informou ontem à tarde a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Ontem, o Bloco de Esquerda entregou um requerimento para que a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, seja ouvida com caráter de urgência no parlamento.
De acordo com o comunicado da DGS, dois dos doentes estão “internados em Unidades de Cuidados Intensivos”. A mesma nota relembra ainda que o conselho de administração do Hospital CUF Descobertas, juntamente com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, está a fazer a necessária intervenção para impedir a transmissão da bactéria.
Em comunicado, o hospital CUF Descobertas confirmou que diagnosticou e internou oito dos 11 doentes – seis confirmados anteriormente e dois confirmados ontem – e que “uma das doentes mantém-se, por precaução, na Unidade de Cuidados Intensivos”. A mesma nota refere ainda que três dos doentes foram notificados ontem à DGS e “que se encontram internados noutras unidades hospitalares”.
O funcionamento do hospital não foi afetado e “todas as medidas protocoladas” foram tomadas para “eliminar a origem de um eventual foco de transmissão”.
Na segunda-feira, o hospital começou a contactar os 800 doentes que estiveram internados entre 6 e 26 de janeiro para descartar eventuais casos. Os duches do hospital foram encerrados por precaução, depois de os chuveiros e torneiras terem sido apontados como fonte provável do surto. Paulo Gomes, diretor clínico adjunto do Hospital CUF Descobertas, referiu no domingo que “foram efetuadas colheitas e amostras em todo o hospital” e que os resultados serão conhecidos em breve.
Segundo os dados revelados na segunda-feira pela diretora-geral da Saúde, Graças Freitas, no ano passado, em Portugal, registaram-se 233 casos de legionela, dos quais 174 isolados e 59 do surto do Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa. O surto do Francisco Xavier, em novembro, provocou seis mortes.