A troca de mensagens entre Puigdemont e Antoni Comín, ex-conselheiro do governo regional da Catalunha e membro do partido pró-independência ERC, que foram divulgadas pelo canal de televisão espanhol Telecinco, mostram que o ex-líder do governo catalão sente que foi sacrificado pelos seus.
“Suponho que tenhas claro que isto acabou. Os nossos sacrificaram-nos, pelo menos a mim. Vocês serão conselheiros (espero e desejo), mas eu já estou sacrificado como tal sugeria o Tardà [porta-voz da esquerda da Catalunha]", pode ler-se numa das mensagens enviadas a Comín.
Puigdemont já comprovou que as mensagens são verdadeiras, através de uma publicação no seu Twitter. No Twitter criticou o canal de televisão, defendendo que existem “limites como a privacidade, que nunca deve ser violada”.
Sóc periodista i sempre he entès que hi ha límits, com la privacitat, que mai s’han de violar. Sóc humà i hi ha moments que també jo dubto. També sóc el President i no m’arronsaré ni em faré enrere, per respecte, agraïment i compromís amb els ciutadans i el país. Seguim!
— Carles Puigdemont (@KRLS) 31 de janeiro de 2018
“Não sei o que me espera na vida (espero que muito), mas dedicá-la-ei a pôr em ordem estes dois anos e a proteger a minha reputação. Fizeram-me muito mal, com calúnias, rumores, mentiras, que aguentei por um objetivo comum. Isso acabou e tenho de dedicar-me à autodefesa”, escreveu ainda para Comín.
Recorde-se que Puigdemont está refugiado em Bruxelas e caso regresse a Espanha será imediatamente preso.