A Junta de Freguesia da Estrela, em Lisboa, quer cobrar o valor das licenças em atraso devidas pela discoteca Urban Beach. Em causa estará um valor acumulado de cerca de 300 mil euros desde 2012.
De acordo com o “Observador”, o presidente da Junta de Freguesia Luís Newton corrigiu mesmo o orçamento para este ano por antecipar o encaixe de parte deste montante. Newton anunciou na assembleia da freguesia esta semana o valor por cobrar, revelando que a discoteca está a funcionar sem licença desde 2012 e que já se iniciou o processo contraordenacional. Em resposta ao “Observador”, o administrador do grupo K, que gere a discoteca, disse não estar em condições de poder confirmar o valor.
Reabertura mediática
A discoteca reabriu na passada sexta-feira depois de ter estado encerrada cerca de dois meses na sequência de desacatos no exterior na noite de Halloween. A reabertura foi anunciada pelo grupo numa conferência de imprensa, que serviu para comunicar as melhorias feitas no estabelecimento em matéria de segurança.
O espaço, que fica junto à zona ribeirinha, reabriu com 95 câmaras de vigilância, mais um terço do que até aqui. Passou também a ter um piquete de dois bombeiros em permanência. Já a segurança é assegurada por uma nova empresa, a Anthea, que é gerida pelo ex-espião Jorge Silva Carvalho. A discoteca conta hoje também com mais uma saída de segurança, sendo no total cinco. Na conferência de imprensa, Paulo Dâmaso afirmou que o Urban “eventualmente, é agora das casas mais seguras do mundo”.
As queixas relativas ao espaço, que motivaram a intervenção do MAI, tinham sobretudo a ver com situações de discriminação, o que não foi abordado neste relançamento.
Esta quinta-feira o Urban estará aberto. Às quintas, o espaço de diversão noturna promove as noite “Insanity”. As raparigas não pagam até às 2h e os rapazes têm consumo mínimo de oito euros.