Já não é a primeira vez que o assunto vem a público, mas a polémica instala–se quando é Quincy Jones quem volta a trazê-lo para a ordem do dia – Marlon Brando, um dos mais icónicos atores de sempre, terá mantido relações sexuais com vários homens tão conhecidos quanto ele.
“Brando costumava dançar chachachá connosco. Ele dançava como o caraças. Era o filho da mãe mais charmoso que já conheceste. Ele iria para a cama com qualquer coisa. Qualquer coisa. Iria para a cama com uma caixa do correio. James Baldwin, Richard Pryor. Marvin Gaye”, disse o músico e produtor de 84 anos – conhecido pelo trabalho que desenvolveu, por exemplo, com Aretha Franklin, Frank Sinatra ou Michael Jackson – em entrevista à revista norte-americana “Vulture”.
As declarações de Jones tomaram maiores proporções quando a viúva de um dos referidos, o comediante Richard Pryor, as confirmou mais tarde ao site de entretenimento TMZ. “Eram os anos 70! As drogas ainda eram boas, especialmente os quaaludes. Se consumisses cocaína suficiente irias para a cama com um radiador e enviavas-lhe flores pela manhã”.
As declarações de Quincy Jones, disse Jennifer Lee Pryor, não seriam motivo de vergonha para o marido, que “foi sempre muito aberto em relação à sua bissexualidade com amigos”, tendo-o até documentado de forma extensa em diários que vão ser publicados ainda este ano, segundo a viúva do comediante.
O livro “In James Dean: Tomorrow Never Comes”, publicado em 2016, já levantava o véu sobre as alegadas relações homossexuais de Brando – ou, pelo menos, sobre a relação sadomasoquista que terá tido com o ator James Dean, o eterno “rebelde sem causa”.
“Fui namorado de Ivanka Trump” Outros temas polémicos surgiram na entrevista de Quincy Jones. A família Trump foi um deles. “Eu namorei com a Ivanka, sabes?”, revelou o produtor. Tudo aconteceu, contou, há 12 anos. Na altura, a sua filha Kidada estava a trabalhar com Tommy Hilfiger, e o estilista disse a Jones que Ivanka queria jantar com ele. “Sem problema. Ela é uma boa filha da mãe”, respondeu Jones. “Tinha as melhores pernas que vi na vida. Mas o pai errado”, acrescentou o produtor.
Quincy Jones dedicou ainda algumas palavras ao atual presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump.
“Costumava passar tempo com ele. Ele é um filho da mãe doido. Intelectualmente limitado – um megalómano, narcisista. Não o suporto”, confessou.
Questionado sobre o estado atual do país, o produtor musical disse que os EUA estão hoje pior do que nunca.
Quanto à recente controvérsia em torno do assédio sexual na indústria do entretenimento, Jones não se mostrou surpreendido. “As mulheres tinham de aguentar coisas lixadas”, afirmou.