A Altice Portugal inaugurou o Golabs.IoT, um espaço criado de raiz com vista ao desenvolvimento de soluções de Internet of Things (IoT) e à dinamização do ecossistema tecnológico e económico português.
«Temos uma grande expectativa, porque estamos a falar de IoT e de um negócio claramente emergente, que toda a indústria entende que seja um negócio de grande potencial e de grande futuro e com uma capacidade de geração de soluções e de aplicações com um largo espetro», explica ao SOL o Chief Technology Officer (CTO) da Altice Portugal.
Segundo Luís Alveirinho, o «IoT está associado a uma área de desenvolvimento que envolve tecnologia de informação, redes, conectividade, redes de banda larga, e que tem um mundo de aplicações imenso neste momento». Daí que o Golabs.IoT, a funcionar no edifício sede da Altice Portugal, em Lisboa, haja uma integração de fabricantes, indústria, academia e startups para desenvolver soluções em laboratório, suportando a sua evolução até ao mercado.
«O mundo da IoT desenvolve-se num contexto no qual as parcerias são fundamentais», assegura o CTO, uma vez que «as parcerias dos operadores com os desenvolvedores de soluções, neste caso aplicações, ou o mundo de quem desenvolve um conjunto de equipamentos» que são o cerne do IoT.
Neste laboratório, a Altice Portugal funciona como gestora. Participam também os chamados industry partners, que procuram a empresa para trabalhar em soluções e serviços, ou que a Altice desafie no Golabs.IoT para testar soluções ou serviços.
Há os também chamados sponsor partners, que sendo também industry partners, trabalham com a Altice Portugal para «garantir que o laboratório tem um ambiente de funcionamento e um conjunto de equipamentos de raiz que permitem criar um contexto laboratorial que permitem que os tais serviços e as tais aplicações possam ser integrados e testados», explica Luís Alveirinho.
Soluções para o ecossistema
A Huawei aparece como o primeiro sponsor partner. No Golabs.IoT, a configuração tecnológica, onde há uma mini réplica da rede, tem um conjunto de equipamentos que foram disponibilizados pela Huawei numa lógica de parceria com a Altice Portugal.
Sobre a parceria, o CEO da Huawei Portugal, Chris Lou, afirma que «como líder no setor TIC, a Huawei está dedicada ao desenvolvimento da IoT, contribuindo para o ecossistema».
Um dos objetivos do laboratório é permitir o lançamento de serviços inovadores e competitivos, contribuindo para a geração de emprego qualificado e a promoção de novos segmentos de negócio. Neste projeto a Altice Portugal assegura três vetores: inovação (exploração e definição de requisitos técnicos e suporte ao desenvolvimento); certificação (validação da qualidade das soluções IoT); e integração (enquadramento das soluções no ecossistema Golabs.IoT).
«Estamos a falar de qualquer coisa que é fundamental neste momento, que é inovar em soluções para o mercado. Foi isso que nos impulsionou», considera o CTO da Altice Portugal, garantindo que na apresentação do projeto «o feedback foi extremamente positivo» e a ideia «bem acolhida». Segundo Luís Alveirinho, com o Golabs.IoT a Altice Portugal «inovou em termos de mercado» para o qual terá de haver um leque de soluções muito grande e que vai permitir vários modelos de negócio.
A Gartner, consultora norte-americana de tecnologia, aponta a IoT como um dos drivers fundamentais do investimento em Tecnologias de Informação (TI) este ano e uma das ferramentas mais relevantes do processo de transformação digital das organizações e da sociedade em geral.
A Iot terá um impacto transversal em todos os eixos de crescimento social, económico e cultural. Esta é também uma prioridade estratégica da União Europeia, prevendo-se que a quantidade de dispositivos conectados em todo o mundo cresça a um ritmo anual de 32% até 2021, ano em que subirá para 25 mil milhões.