O cadáver do criminoso continua congelado em Kern County, na Califórnia, e até à data o corpo e os seus bens não foram entregues a nenhum familiar. No entanto, já quatro pessoas reclamaram o corpo e pertences do criminoso.
Dois familiares e dois homens insistem que têm na sua posse os testamentos válidos que Manson deixou antes de morrer e, por isso, o Tribunal Superior de Los Angeles decidiu não entregar o cadáver a ninguém. A decisão está agora nas mãos das autoridades, que devem revelar quem fica com os restos mortais no início do próximo mês.
O neto do criminoso, Janson Freeman, foi o primeiro a reclamar o corpo e os bens do criminoso, apesar de só ter estabelecido contacto com Manson nos últimos anos. Na verdade, existem documentos que provam a relação de consanguinidade entre os dois: o assassino terá tido um filho – o pai de Freeman – e agora o neto pretende cremar os restos de Manson e espalhar as cinzas numa cerimónia familiar, pretendendo doar os bens do seu avô.
O outro familiar é Michael Brunner, que afirma ser o único filho de Manson que ainda está vivo. O homem será fruto de uma relação entre o criminoso e Mary Brunner – uma das seguidoras da seita que foi responsável pelo massacre de 1969.
Ainda assim, logo após a morte de Manson, o coronel do condado de Kern recebeu dois testamentos que se contradizem: o primeiro, redigido em janeiro de 2017, nomeia Mathew Robert Lentz – susposto filho desconhecido do criminoso. No entanto, segundo a CNN, o homem não tem qualquer ligação de consanguinidade com Manson, garantindo que foi entregue para adoção ainda em criança. O segundo testamento foi entregue por um amigo do criminoso, que alega ter recebido o documento em 2002.
Recorde-se que Charles Manson foi responsável por vários homicídios em 1969. Morreu aos 83 anos e foi o responsável pelo assassinato da atriz Sharon Tate, a mulher do realizador Roman Polanski, que estava grávida na altura.