Austrália. Primeiro-ministro proíbe sexo entre ministros e funcionários

Medida surge na sequência de um escândalo que rebentou esta semana, e que envolve o seu vice-primeiro-ministro, Barnaby Joyce e uma antiga funcionária sua.

Malcolm Turnbull, o chefe do Executivo da Austrália, anunciou hoje, quinta-feira, que vai passar a ser proibido que os ministros e outros funcionários tenham relações sexuais entre eles. Esta reação surge após um escândalo que rebentou esta semana, de um caso extraconjugal entre o número dois do governo, Barnaby Joyce, e uma ex-funcionária sua.

Na manhã desta quinta-feira, numa conferência de imprensa, Malcolm Turnbull criticou Joyce, pelo "chocante erro de julgamento", depois de haver a confirmação de que este irá ficar suspenso das suas funções a partir da próxima semana, enquanto é alvo de um inquérito para apurar se violou, ou não, os estatutos ministeriais.

No entanto, apesar de serem várias as criticas, ambos rejeitam a ideia de que se tenha violado esses mesmos estatutos e, num futuro, de forma a evitar que surjam novas polémicas, o chefe do governo optou por encetar uma reforma ao código de conduta, pelo qual os ministros australianos se regem.

"Os ministros devem comportar-se de acordo [com as regras], não devem manter relações sexuais com os seus funcionários, ponto final", referiu aos jornalistas.

Este novo código de conduta aplica-se a "solteiros e casados" e, apenas dentro de cada ministério específico, ou seja, os ministros podem manter relações com outros funcionários ou com pessoas que já trabalharam para o seu respetivo ministério.