O advogado são-tomense N’Gunu Olívio Tiny garante estar disponível para prestar declarações no âmbito do caso Fizz. Num comunicado enviado ao SOL, N’Gunu Tiny reage à notícia de que a Procuradoria-Geral da República de Angola recusou proceder à inquirição de algumas testemunhas por falta de meios técnicos e enquadramento legal, propondo uma deslocação a Portugal para prestar declarações presencialmente.
N’Gunu Tiny esclarece que soube da existência de uma carta rogatória ontem pela comunicação social, alertando que em outubro de 2016 foi notificado na sua morada em Lisboa pelas autoridades portuguesas para prestar depoimento no inquérito.
“Disponibilizei-me de imediato, tendo sido efetivamente ouvido no dia 18 de novembro do mesmo ano pelas autoridades judiciais portuguesas na qualidade de testemunha. Importa salientar que a audição se deveu ao facto de que à data dos acontecimentos considerados relevantes no processo, estar a exercer atividade de advogado e consultor jurídico”, assegura.
O advogado garante ainda que desde essa altura nunca mais foi contactado nem direta nem indiretamente.
“Desta feita, hoje [ontem], contactei o meu advogado em Lisboa, solicitando que o mesmo informasse as autoridades judiciais competentes de Portugal da minha disponibilidade, aliás como sempre estive no passado, para prestar qualquer tipo de depoimento que entenderem necessário e conveniente para o caso, inclusivamente de modo presencial, como de resto já o fiz no passado”, conclui.
Além de N’Gunu Tiny, a carta rogatória expedida pela justiça portuguesa tinha o objetivo de notificar e inquirir o banqueiro Carlos Silva, Manuel António Costa e Agostinho Afonso.
Carlos Silva já fez saber que está disponível para prestar depoimento via Skype, adiantando que caso não seja possível tal diligência na PGR poderá fazê-lo a partir da sua casa, em Luanda.