Mais um jogo do campeonato nacional com guião digno de Hollywood – e é por isso que este é o desporto-rei. O Sporting entrou a perder em Tondela, lançou-se ao ataque, empatou e ficou perto da reviravolta ainda na primeira parte. A abrir a segunda, ficou reduzido a dez – por uma infantilidade do experientíssimo Mathieu – e pareceu sempre mais perto de sair derrotado do que de vencer. Até que, no nono minuto de descontos, Coates deu o pontapé que faltava para apaziguar as almas leoninas que já faziam contas à vida… e ao campeonato. O 1-2 final permite aos leões continuarem a dois pontos do FC Porto, que amanhã faz o meio jogo que tem em atraso no Estoril.
O encontro até começou com boas notícias para os sportinguistas, que viram Bas Dost voltar ao onze depois de duas semanas (e quatro jogos) de fora por lesão. Sem Fábio Coentrão, castigado, foi Bruno César o escolhido para a função de lateral-esquerdo, mas seria pelo outro flanco que o Tondela se viria a adiantar no marcador, logo aos 12 minutos, com Miguel Cardoso a concluir com arte uma belíssima jogada de entendimento coletivo dos beirões.
Pedia-se uma reação do leão, que mais amorfo não podia ter entrado, e ela surgiu aos 26’, pela cabeça de… Bas Dost, pois então. O holandês voou sob os centrais para corresponder da melhor forma a cruzamento perfeito de Acuña. O problema, na ótica leonina, é que o Tondela nunca se encolheu e ainda se agigantou mais a partir dos 60’, quando Mathieu, que já tinha cartão amarelo, se dirigiu de forma agressiva a Pedro Nuno, colocando a mão na cara do médio tondelense.
O Sporting ficava com dez jogadores e só viria a criar uma real ocasião aos 90’+9’ – descontos justificados pelo árbitro com a assistência demorada a Bruno Monteiro -, quando Coates fuzilou a baliza de Cláudio Ramos após cabeceamento ao poste de Ricardo Costa, capitão do Tondela. O jogo acabou com alguns elementos da equipa de casa de cabeça perdida, em claro contraste com os sorrisos estampados na cara dos leões.