Os intérpretes amadores são, nem mais, nem menos, 65 crianças com e sem necessidades especiais, de escolas de Lisboa, que hoje às 15h00 vão pisar o palco do auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, acompanhados por quatro intérpretes da CiM – Companhia de Dança, 11 músicos da Orquestra Trifonética, professores e técnicas auxiliares. O espetáculo multidisciplinar que chega hoje à Gulbenkian chama-se “Eu Maior” e é o resultado de um trabalho de dois anos.
Tudo começou com um projeto chamado Geração SOMA, uma iniciativa da Vo'Arte, que em 2016 e 2017 entrou em cinco escolas de Lisboa – EB e Secundária Josefa de Óbidos, EB1 nº 72, EB1 e JI Engº Ressano Garcia, EB1 de Telheiras – com “o objetivo de promover a reflexão sobre a importância da prática artística como ferramenta de integração a nível artístico, pedagógico, terapêutico, social e de descoberta de novas aptidões”.
Ao todo, 1200 crianças experimentaram o projeto e “exploraram a ideia de que cada pessoa, com as suas vulnerabilidades, tem dentro de si os super-poderes de um super-herói”.
Todas as descobertas dos alunos foram transportas para o espetáculo “Eu Maior”, que conta com a direção artística de Ana Rita Barata (coreografia) e de Pedro Sena Nunes (videografia), dramaturgia de Rosinda Costa, coreografia de Ana Rita Barata e Bruno Rodrigues. A música original de Philippe Lenzini – ao todo, são mais de 40 colaboradores a contribuir para a sessão, que terá áudio-descrição e será acompanhada de língua gestual portuguesa.
Tanto o projetos nas escolas como o espetáculo contaram com o apoio do PARTIS – Práticas Artísticas para Inclusão Social, da Fundação Calouste Gulbenkian.
No final do espetáculo, há uma conversa com os artistas – mas os bilhetes para a sessão já estão todos reservados. Em junho de 2017, “Eu Maior” estreou no Teatro São Luiz com igual sucesso, já que foi visto por 1500 pessoas. Deixamos, na fotogaleria acima, três imagens do espetáculo.