Carles Puigdemont anunciou esta quinta-feira que irá renunciar à liderança da Generalitat, depois de o Parlamento catalão ter votado uma moção sobre a sua destituição ser “ilegal e ilegítima”.
Puigdemont referiu ainda que a lista irá propor o nome de Jordi Sánchez, número dois, para ocupar o cargo.
“Hoje informei o presidente do Parlamento da Catalunha [Roger Torrent] que de forma provisória não apresente a minha candidatura a ser investido presidente da Generalitat e pedi-lhe que se inicie o mais rapidamente possível a ronda de contactos entre os diferentes grupos parlamentares para proceder à eleição de um novo candidato para ser investido”, referiu.
O ex-presidente da Generalitat justificou a sua decisão baseando-se “nas atuais condições". "Esta é a forma para se poder veicular um governo mais rápido possível”, referiu Puigdemont.
“Agora Madrid não terá nenhuma desculpa para continuar com a ocupação das nossas instituições. Nenhuma desculpa para que Madrid ignore a nossa voz”, destacou.
O ex-líder referiu ainda que a sua equipa de advogados apresentou uma queixa ao Comité de Direitos Humanos da ONU, em seu nome, contra o Estado espanhol.
"Não nos renderemos, não abandonaremos, não renunciaremos enquanto os argumentos sejam a violência, a imposição, o medo e a violência de direitos fundamentais", acrescentou o ex-presidente da Generalitat.