"Há um abismo entre o Salvador Sobral e esta coisa que é ‘O Jardim’. Não tenho orgulho em ser representado por esta canção, mas é o público que temos", declarou no rescaldo da final de ontem à noite à NiT.
"Eu escrevi uma canção sobre Portugal, e aceitei humildemente a minha derrota, mas não era isto que eu esperava. Votei na canção seis [‘Para Sorrir Eu Não Preciso de Nada’, de Catarina Miranda]", disse.
"Se queríamos levar uma pessoa e canção que seja o completo oposto do Salvador Sobral, escolhemos a certa. Tenho-me rido [a ver a final], pela desafinação, pela falta de expressão vocal. A meu ver, falta uma coisa que é gravíssima: perdemos a identidade política e cultural, esta canção não representa o povo e a cultura portuguesa. Chama-se ‘O Jardim’, não é? Só faltava ter sido cantada pelo Alberto João Jardim", criticou.
A canção "O Som da Guitarra é a Alma de um Povo", de José Cid, caiu nas meias-finais. O sobrinho Gonçalo Tavares não o acompanhou, ao contrário do que estava previsto.