O presidente dos Estados Unidos disse, na sua conta na rede social Twitter, que pode aplicar uma isenção ao México e ao Canadá, no que diz respeito às novas tarifas sobre o aço e o alumínio. Em contrapartida, os dois países têm de assinar um novo Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA).
"Temos grandes défices comerciais com o México e Canadá. O NAFTA, que está agora a ser renegociado, tem sido um mau acordo para os EUA. Elevada relocalização de empresas e de empregos. As tarifas sobre o aço e alumínio vão deixar de ser aplicadas se um novo e justo acordo NAFTA for assinado. Além disso, o Canadá tem de tratar muito melhor os nossos agricultores. Muito restritivos. O México tem de fazer muito mais para impedir que drogas entrem nos EUA. Eles ainda não fizeram o que tem de ser feito. Há milhões de pessoas viciadas e a morrer", escreveu Donald Trump.
Na semana passada, a administração norte-americana anunciou que pretende aplicar tarifas às importações de aço e alumínio. Após o anúncio, seguiram-se as reações dos parceiros comerciais dos Estados Unidos.
O ministro do Comércio do Canadá, François-Phillippe Champagne, disse que o aumento da carga fiscal sobre estas matérias-primas que entram nos Estados Unidos é “inaceitável”. Já a ministra dos Negócios Estrangeiros afirmou que as novas tarifas seriam prejudiciais para os trabalhadores e para as empresas americanas e canadianas.
Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, também se manifestou sobre o assunto e garantiu que a Europa não vai ficar parada "enquanto a nossa indústria é afetada por medidas injustas que colocam milhares de empregos europeus em risco”.
As exportações metalúrgicas e metalomecânicas portuguesas para os Estados Unidos aumentaram 37%, atingindo os 534 milhões de euros em 2017. O setor admite que seria “decicionante” se este “grande potencial” fosse afetado pelas taxas sobre importações norte-americanas de aço e alumínio.