O diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, usou a sua conta no Twitter para reagir à operação e-toupeira, durante a qual o assessor jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves, foi detido.
“A revolução começou há uns meses. Sem medo, pela verdade”, escreveu o responsável pela comunicação dos dragões.
A revolução começou há uns meses. Sem medo, pela verdade
— Francisco J. Marques (@FranciscoMarkes) March 6, 2018
Recorde-se que foi Francisco J. Marques quem, em junho de 2017, denunciou um alegado esquema de corrupção de árbitros para favorecer o Benfica. Entre os visados estão Luís Filipe Vieira, Paulo Gonçalves, Nuno Cabral (ex-árbitro e então delegado da Liga de Clubes), Ferreira Nunes, antigo responsável pela classificação dos árbitros, o ex-árbitro Adão Mendes e Pedro Guerra, antigo diretor de conteúdos da BTV.
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Hoje, Paulo Gonçalves foi detido. O braço direito de Luís Filipe Vieira é suspeiro de ter subornado três funcionários do Ministério Público – um deles, um técnico informático, foi detido por ter acedido ilegalmente ao portal Citius para aceder à informação pedida pelo assessor jurídico do clube da Luz. Este pedido estaria relacionado com o caso dos e-mails.
Entre os restantes pessoas que foram constituídas arguidas estão dois funcionários judiciais dos tribunais de Guimarães e Fafe e o agente de futebol Óscar Cruz.
De acordo com um comunicado emitido hoje pela PJ, "foram realizadas trinta buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa que levaram à apreensão de relevantes elementos probatórios".
"Nesta investigação, iniciada há quase meio ano, averigua-se o acesso ilegítimo a informação relativa a processos que correm termos nos tribunais ou Departamentos do Ministério Público a troco de eventuais contrapartidas ilícitas a funcionários", refere o mesmo documento. Em causa estão os crimes de corrupção ativa e passiva, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal.