O assessor jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves, foi detido esta terça-feira, no âmbito de uma investigação da Polícia Judiciária e o DIAP de Lisboa. As autoridades estão a investigar o acesso a documentos confidenciais relacionado com o caso dos e-mails.
Aquele que é considerado o braço direito de Luís Filipe Vieira é suspeiro de ter subornado três funcionários do Ministério Público – um deles, um técnico informático, foi detido por ter acedido ilegalmente ao portal Citius para aceder à informação pedida pelo assessor jurídico do clube da Luz.
Entre os restantes pessoas que foram constituídas arguidas estão dois funcionários judiciais dos tribunais de Guimarães e Fafe e o agente de futebol Óscar Cruz.
Paulo Gonçalves, que foi detido esta manhã na sua residência, em Santarém, já era arguido neste caso, que está em segredo de justiça.
De acordo com um comunicado emitido hoje pela PJ, "foram realizadas trinta buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa que levaram à apreensão de relevantes elementos probatórios".
"Nesta investigação, iniciada há quase meio ano, averigua-se o acesso ilegítimo a informação relativa a processos que correm termos nos tribunais ou Departamentos do Ministério Público a troco de eventuais contrapartidas ilícitas a funcionários", refere o mesmo documento. Em causa estão os crimes de corrupção ativa e passiva, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal.