Esta quinta-feira, o Instituto de Gestão Financeira da Justiça (IGFJ) afirmou que desde outubro que está a cooperar com o Ministério Público (MP) e a Polícia Judiciária (PJ) na sequência do caso e-toupeira.
Num comunicado, o instituto – entidade responsável pelo sistema informático da justiça CITIUS – afirmou já ter tomado “um conjunto de medidas que permitem melhor identificar o acesso aos processos judiciais que se encontram em tribunal e que são tramitados através deste sistema”, que visam "a identificação de potenciais situações de utilização fraudulenta e de usurpação de identidade”.
“O acesso à informação que consta do CITIUS é restrito e limitado, com níveis de permissão diferenciados”, sublinhou, referindo ainda que “apenas os oficiais de justiça da secção do processo, as partes e os respetivos magistrados poderão ter acesso” aos documentos judiciais.
Recorde-se que José Augusto Silva, um funcionário do instituto, e Paulo Gonçalves, acessor jurídico do Benfica, foram detidos na terça-feira, depois de terem sido feitas 30 buscas na sequência da Operação e-toupeira.
O funcionário encontra-se em prisão preventiva e está indiciado por crimes de corrupção passiva, favorecimento pessoal, peculato, burla informática, falsidade informática e ainda nove crimes de acesso ilegítimo e quatro de violação de segredo de justiça.