Foi com esse resultado que o inglês residente no Algarve, Nathan Brader, liderou aos 18 buracos o torneio de 10 mil euros em prémios.
Foi ainda com uma segunda volta de 66, 6 abaixo do Par do Oceânico O’Connor Golf Course, que o suíço Marco Iten carimbou a sua segunda vitória consecutiva em eventos do Portugal Pro Golf Tour.
Foi finalmente com 66 (-6), o melhor resultado da última ronda, que Vítor Lopes ascendeu ao 5º lugar e afirmou-se como o melhor português entre 82 participantes, um estatuto que já não é estranho ao ainda golfista amador.
Vítor Lopes está claramente em alta. Em fevereiro conquistou o Campeonato Internacional Amador Masculino de Portugal no Montado Hotel & Golf Resort; e venceu o seu primeiro título em circuitos profissionais internacionais, o 1º Álamos Classic, no Morgado Golf Resort. Noutro torneio do Portugal Pro Golf Tour, o 6º Palmares Classic, foi de novo o melhor português, no 6º lugar.
Já em março, foi quartofinalista no Campeonato Internacional Amador Masculino de Espanha – Copa S.M. El Rey, no Real Golf La Manga Club; para agora arrancar o seu terceiro top-10 no Portugal Pro Golf Tour em apenas dois meses, no percurso desenhado pelo falecido Christy O’ Connor Jr.
O algarvio de 21 anos, que no Sábado passado mereceu destaque numa página inteira no suplemento mensal de golfe do jornal “Público”, totalizou 138 pancadas, 6 abaixo do Par, após voltas de 72 e 66, ficando a apenas 4 do campeão, Marco Iten (68+66).
Marco Iten triunfara poucos dias antes no 1º Quinta do Vale Classic. Mas se em Castro Marim o helvético necessitou de ir a play-off, em Silves fechou com uma vantagem de 2 pancadas sobre o inglês Oliver Clarke (69+67).
Foi o quarto troféu profissional da sua carreira, depois de em 2017 ter averbado dois triunfos no Pro Golf Tour, no Open Madaef e no Gut Bissenmoor Classic. Em apenas uma semana no Algarve, Marco Iten embolsou 4 mil euros!
«Um top-5, num torneio profissional com mais de 80 jogadores e com alguns de muito bom nível, é um resultado positivo. Estiveram aqui jogadores muito bons, por exemplo, o Max Orrin (vencedor da Final do Challenge Tour em 2014), o Sam Robertshawe (campeão em 2017 do Great National Hotels Irish Masters), o Van Phillips (ganhou o Open de Portugal em 1999), entre outros. Os resultados necessários para se ganhar um torneio deste circuito são brutais. Por exemplo, para mim, -6 em duas voltas, não é um mau resultado, é bom», disse Vítor Lopes à Tee Times Golf.
Vítor Lopes ficou satisfeito com a sua prestação e parte confiante para o 2º Torneio do Circuito Cashback World/FPG, que se joga já nos dias 17 e 18, no Ribagolfe-I, em Benavente, mas nem por isso deixa de ter consciência de que poderia ter feito melhor no 1º Amendoeira Resort Classic.
«Sei que não fica bem dizer isto, mas eu poderia ter feito umas 7 ou 8 pancadas abaixo do Par se tivesse convertido mais putts. Joguei muito bom golfe, mas fiz 30 putts, o que não é lá muito bom», explicou.
O mais curioso é que, embora seja algarvio, não pode falar-se da vantagem de ter jogado em casa: «Nem me lembro da última vez em que joguei no O’Connor Course. No Faldo joguei no ano passado num torneio do Circuito da Federação Portuguesa de Golfe (FPG), mas jogo pouco nestes campos».
É certo que o Faldo Course é talvez mais famoso e foi, por exemplo, no percurso desenhado pelo antigo nº1 mundial que se disputou em outubro último o Sky Sports Tour Championship at Amendoeira Golf Resort in Portugal, a prova de encerramento do PGA EuroPro Tour de 2017.
Mas o O’Connor Course é igualmente um belíssimo campo para torneios profissionais e Vítor Lopes não lhe poupou elogios: «Os campos do Amendoeira Golf Resort estão sempre em excelentes condições e o O’Connor, pelo que choveu nos dias anteriores, estava com os fairways e os greens muito bons. Felizmente, nos dias de competição nem foi preciso usar o fato de chuva, jogou-se em manga curta e o vento não soprou tão forte como nas semanas anteriores».
Vítor Lopes tem vindo a subir vertiginosamente no ranking mundial amador nas últimas semanas. No início do mês de fevereiro era o 399º e neste momento já figura no 207º posto.
Mas embora este ano de 2018 seja de Campeonato do Mundo Amador (Eisenhower Trophy) e esse seja um dos seus grandes objetivos, o português das seleções nacionais amadoras sabe que o seu futuro passa por tornar-se profissional no final da época.
«Espero ser capaz de manter este bom nível quando passar a profissional», desejou. Entretanto, depois destes resultados no Portugal Pro Golf Tour, tem praticamente garantido um convite da FPG para o Open de Portugal, do Challenge Tour.
Aliás, se fosse profissional, esse convite teria sido garantido automaticamente pela PGA de Portugal, dado que todos os vencedores de torneios do Portugal Pro Golf Tour em fevereiro foram presenteados com um wild card para o Open de Portugal. Vítor Lopes ganhou no 1º Álamos Classic, mas os convites são só para profissionais.
O Portugal Pro Golf Tour vai agora sair do Algarve e o próximo torneio será o 1º Guardian Bom Sucesso Classic, no dia 2 de abril, em Óbidos.
O 1º Amendoeira Golf Resort contou com 15 portugueses e os seus resultados e classificados foram os seguintes, sendo de destacar-se o top-10 de Miguel Gaspar:
5º (empatado) Vítor Lopes, 138 (72+66), -6,
8º (empatado) Miguel Gaspar, 139 (68+71), -5
18º (empatado) Ricardo Santos, 142 (72+70), -2
18º (empatado) Tiago Cruz, 142 (69+73), -2
25º (empatado) António Sobrinho, 144 (72+72), Par
25º (empatado) Tomás Bessa, 144 (71+73), Par
28º (empatado) João Ramos, 145 (73+72), +1
33º (empatado) Tomás Silva, 146 (71+75), +2
33º (empatado) Tomás Melo Gouveia, 147 (75+72), +3
48º (empatado) Nelson Cavalheiro, 150 (75+75), +6
61º (empatado) Tiago Rodrigues, 153 (76+77), +9
67ª Susana Ribeiro, 156 (80+76), +12
68º (empatado) Hugo Santos, 157 (79+78), +13
73º (empatado) Alexandre Abreu, 161 (80+81), +17
78º (empatado) Rogério Brandão, 163 (83+80), +19