Morreu o físico britânico Stephen Hawking.
“O nosso pai foi um grande cientista e um homem extraordinário, cujo trabalho e legado viverão por muitos anos”, lê-se no comunicado divulgado pela família de Hawking.
Stephen Hawking tinha 76 anos e sofria de esclerose lateral amiotrófica desde os 21, surpreendendo os médicos ao viver mais de 50 anos com a doença degenerativa que paralisa os músculos do corpo, sem atingir as funções cerebrais.
Na altura em que a doença foi diagnosticada, os médicos deram-lhe apenas dois anos de vida – de acordo com as estatística realizadas, a (ELA) costuma ser fatal para os seus portadores logo nos primeiros cinco anos. Hawking, considerado hoje um dos maiores físicos de todos os tempos, desafiou os números e viveu mais de 50 anos com a doença.
Recorde-se que já em 1985, Hawking foi colocado num coma induzido, num hospital em Genebra, na sequência de uma pneumonia. Na altura, os médicos aconselharam a família a desligar o suporte de vida, mas a sua mulher, Jane, recusou.
Hawking era professor de matemática na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e destacou-se pelo trabalho desenvolvido na “teoria de tudo”, tentando resolver as contradições entre a teoria da relatividade de Einstein e a mecânica quântica.
‘Uma Breve História do Tempo’, o seu livro mais conhecido, já vendeu mais de 10 milhões de exemplares e o físico continuava até há pouco tempo a ser convidado para participar nas maiores e mais importantes palestras do mundo.
Já no passado mês de novembro, Hawking foi o ‘convidado surpresa’ da última edição da Web Summit, que decorreu em Lisboa.