Depois do encerramentos das lojas nos Estados Unidos, a Toys ‘R’ Us está a estudar a viabilidade do negócio em Potugal e Espanha.
A empresa refere, através de um comunicado citado pela agência Lusa, que apresentou pedido de aprovação ao Tribunal de Falências dos Estados Unidos para iniciar o processo de encerramento das suas lojas nesse mercado", dizendo ainda que está "em processo de reorganização e venda das suas operações no Canadá, Ásia, Alemanha, Áustria e Suíça".
"Para o negócio internacional da empresa na Austrália, França, Polónia, Portugal e Espanha, estão a ser consideradas opções que incluem a eventual venda de cada um desses mercados", refere o documento, garantindo que, por agora, as lojas nestes países vão continuar abertas e a funcionar “com absoluta normalidade”.
"Estamos a trabalhar em estreita colaboração com os nossos assessores para definir medidas que nos permitam preservar a continuidade da nossa atividade em Portugal e Espanha, bem como os interesses dos nossos funcionários", refere nesse comunicado o diretor-geral em Portugal e Espanha, Jean Charretteur.
Recorde-se que a Toys ‘R’ Us chegou a Portugal em 1993, altura em que abriram as lojas de Telheiras, em Lisboa, e em Vila Nova de Gaia. Um ano depois, abriu uma nova loja no Cascaishopping, em Cascais, e em 1997 foram inaugurados dois novos estabelecimentos – um em Braga e outro no Centro Comercial Colombo, em Lisboa.
Em 2002, a empresa Abreu mais duas lojas: uma no Almada Fórum e outra no Aveiro Retail Park. Dez anos depois, o Toys ‘R’ Us chegou ao Freeport, em Alcochete, em 2014 ao Mar Shopping, em Matosinhos, em 2016 é aberta uma segunda loja em Braga e, no ano passado, é inaugurado um estabelecimento em Guimarães. Em setembro de 2017, existiam 1700 lojas em todo o mundo. Dados de 2016 mostram que a Toys ‘R’ Us gerou uma receita de cerca de 9.590 milhões de euros.
A primeira loja foi aberta em 1948, em Washington, nos EUA, com o nome Children's Bargain Town – só em 1957 é que adotou o nome Toys ‘R’ Us. Em 2005, as firmas Kohlberg Kravis Roberts, Bain Capital e Vornado Realty Trust chegaram a um acordo para comprar a empresa por 6.600 milhões de dólares, mas em 2013 acabou por regressar ao mercado. Tem registado altos valores de endividamento desde essa altura.