Um teste de polígrafo ou detetor de mentiras, realizado pela atriz porno Stormy Daniels em 2011, mostra que a atriz está a dizer verdade quando afirma que em 2006 manteve uma relação sexual sem proteção com Donald Trump. A relação, que o agora presidente nega, aconteceu já depois de estar casado com a atual primeira-dama, Melania Trump.
O teste de Stephanie Clifford, nome verdadeiro da estrela de filmes pornográficos, foi realizado a 19 de maio de 2011 através de um algoritmo desenhado pela Universidade Johns Hopkins, a pedido da revista “Life & Style”. O seu resultado foi mantido reservado e só agora ficou conhecido, depois da CBS ter obtido uma cópia.
O teste incluiu três perguntas a que Daniels respondeu sempre afirmativamente: em julho de 2016 teve relações sexuais vaginais com Donald Trump? Em julho de 2016 teve relações sexuais sem proteção com Donald Trump? Donald Trump disse-lhe que ia entrar no “The Aprentice” (o programa de TV que Trump apresentava)? Quem conduziu o teste concluiu que a atriz “é verdadeira quando diz que teve relações sexuais vaginais sem proteção com Donald Trump em julho de 2016”.
O presidente dos Estados Unidos “nega de forma veemente” que alguma vez tenha tido um caso com Stormy Daniels. No entanto, os seus advogados entraram com um processo em tribunal contra a atriz por quebra de contrato de sigilo e pedem 20 milhões de dólares de indemnização.
Stormy Daniels já se mostrou disposta a devolver os 130 mil dólares que recebeu do advogado de Trump para poder contar a história do caso. Michael Cohen, o advogado, disse em fevereiro ao “New York Times” que tinha pago à atriz do seu próprio bolso e não tinha sido reembolsado pelo presidente.
A atriz, que tem aproveitado a sua fama para se lançar numa tournée pelo país, pretende contar a sua história e divulgar mensagens e fotografias que tenha em seu poder assim que estiver livre do sigilo legal que lhe é imposto pelo contrato, assinado a 28 de outubro de 2016, dias antes das eleições presidenciais em que Trump derrotou Hillary Clinton. Até porque, garante, já foi ameaçada.
No entanto, no passado dia 8, um tribunal arbitral decidiu a favor do presidente, emitindo uma ordem de restrição que impede a atriz de continuar a falar sobre o caso.
Outros casos Entretanto, o “New York Times” diz que há outra mulher à procura de se livrar do seu contrato de sigilo. Karen McDougal, ex-modelo da “Playboy” garante que manteve um caso com Trump durante 2006.
O mesmo jornal refere que Summer Zervos, que pertenceu ao elenco do “The Aprentice”, ganhou um processo em tribunal para poder denunciar o assédio sexual de que foi vítima por parte de Trump quando estava no programa.