Jazz em agosto dedicado a John Zorn

18 concertos e cinco documentários são dedicados ao músico. 

A 35ª edição do festival decorre de 27 de julho a 5 de agosto na Fundação Calouste Gulbenkian. O concerto de abertura apresenta uma formação inédita em que o saxofonista se junta a outros dois improvisadores da cena nova-iorquina, o  baterista Milford Graves e Thurston Moore, guitarrista que pertenceu aos icónicos Sonic Youth.

A este primeiro momento no Anfiteatro ao Ar Livre somam-se quatro noites de concertos duplos que focam as composições de John Zorn no âmbito dos projetos Book of Angels e Bagatelles. Ao longo destas noites apresentam-se em palco as formações Mary Halvorson Quartet, Masada, Nova Quartet, Asmodeus, Kris Davis Quartet, John Medeski Trio, Craig Taborn (solo) e Brian Marsella Trio, que incluem também os músicos Dave Douglas, Drew Gress, Joey Baron, Kenny Wollesen, Marc Ribot, Kenny Grohowski, Tomas Fujiwara e Trevor Dunn.

À Lusa, o programador Rui Neves descreve John Zorn como "um homem da Renascença que se interessa por tudo", "uma figura algo mítica que vem do século XX". A programação foi feita a quatro mãos com o músico, e grande parte dos convidados para esta edição já passaram anteriormente pelo festival.

Os grupos Simulacrum, Highsmith Trio, Insurrection e Secret Chiefs 3, que integram alguns dos músicos já mencionados, completam o programa do Jazz em Agosto no Anfiteatro ao Ar Livre com outros nomes igualmente relevantes da cena nova-iorquina e da órbita de Zorn, como Ikue Mori, Ches Smith, Jim Black, Kenny Grohowski, Matt Hollenberg e a jovem revelação na guitarra Julian Lage, entre outros. Serão ainda apresentados o filme John Zorn (2016-2018), nova extensão do retrato intimista sobre este músico que Mathieu Amalric estreou em 2017, e que contará com a presença em sala deste realizador; Jumalatteret, um ciclo de canções para voz e piano inspirado no texto épico finlandês Kalevala, apresentado pela notável soprano Barbara Hannigan e pelo pianista Stephen Gosling, com música composta por Zorn; e por fim o inédito encontro de John Zorn, no órgão, com a sua cúmplice e mestre da eletrónica Ikue Mori no projeto The Hermetic Organ.