A Direção-Geral da Saúde (DGS) informou hoje, em comunicado, que foram confirmados mais sete casos de pessoas infetadas com sarampo, aumentando assim o número para 97.
Apesar de tudo, das 97 pessoas infetadas, 90 já estão curadas.
A DGS disse ainda que dos 214 casos que estavam sob análise laboratorial, todos deram negativo e que, até ao momento, há ainda 20 casos em investigação.
Recorde-se que, de acordo com o balanço feito pela DGS às 19h de terça-feira, os casos de pessoas infetadas eram 86 e, ao longo do decorrer desta semana o número aumentou para 97.
Sintomas
Os primeiros sintomas da doença costumam ser febre, congestão nasal, tosse seca, irritação na garganta e vermelhidão nos olhos. Dois a quatro dias depois, começam a surgir manchas brancas (chamadas as manchas de Koplik) na boca. Só depois é que o vírus do sarampo provoca erupções na pele, acompanhadas por uma comichão ligeira. Começam por aparecer nas orelhas e no pescoço, com um aspeto irregular, espalhando-se posteriormente para o tronco, os braços e as pernas, desaparecendo gradualmente do rosto.
Sequelas
O sarampo pode afetar tanto crianças como adultos e, no caso de pessoas pouco saudáveis e com problemas de nutrição, pode evoluir para situações mais perigosas. Em alguns casos, pode originar infeções bacterianas, como a pneumonia. Além disso, pode provocar uma diminuição do número de plaquetas no sangue, o que dá origem a hematomas e hemorragias. Uma das consequências mais graves do sarampo é a infeção cerebral (encefalite). Em casos mais graves, pode provocar danos cerebrais ou até a morte.
Tratamento e prevenção
Um dos problemas do sarampo é o facto de não existir um medicamente que o combata. O ideal é então, durante as duas ou três semanas que em que o vírus está alojado no organismo, controlar os sintomas da doença, através de medicação, e ingerir muitos líquidos. Quanto à prevenção, esta é feita através da toma da vacina, que faz parte do Plano Nacional de Vacinação desde 1974. Atualmente, recomenda-se a toma da primeira dose da vacina aos 12 meses de idade e a segunda aos cinco anos.
Causas
A designação científica daquilo a que chamamos vírus do sarampo é Morbillivirus. O ser humano é o único hospedeiro deste vírus. A transmissão mais ‘comum’ do vírus é por via direta, através da propagação de gotículas ou do contacto com secreções (espirros e tosse). No entanto, em alguns casos, pode ocorrer uma transmissão indireta, ou seja, através do toque num objeto de uma pessoa infetada. Esta é uma situação rara, devido à fraca sobrevivência do vírus fora do organismo do ser humano.