Desde janeiro de 2017 que os cidadãos suecos têm um incentivo extra para repararem objetos avariados em vez de comprarem novos. A medida – que foi proposta pelo Partido Social Democrata e o Partido Verde da Suécia e aprovada no parlamento – declara a redução de taxas para os cidadãos que consertarem artigos como bicicletas, roupas e eletrodomésticos.
A lei decreta ainda que as pessoas que prestem serviços de reparação tenham uma redução nos impostos.
No caso específico de aparelhos de grande porte e complexidade, como os electrodomésticos, a medida assegura o reembolso de taxas, que representam metade do custo do serviço.
“Acreditamos que isto pode reduzir substancialmente o custo dos arranjos e, assim, tornar a reparação de bens um comportamento mais económico e racional”, disse Per Bolund, Ministro dos Mercados Financeiros e dos Consumidores da Suécia.
A medida permite reduzir os custos anuais de reciclagem e aumentar o número de postos de trabalho no setor dos serviços de reparações.
Estes incentivos fizeram parte de uma mudança no foco do governo sueco, que consistiu em implementar medidas que pudessem reduzir as emissões de dióxido de carbono.
“Eu acredito que há uma mudança de visão na Suécia. Há um conhecimento crescente de que precisamos fazer com que as nossas coisas durem mais para reduzirmos o consumo de materiais ”, disse Per Bolund.
Além dos benefícios fiscais, o Governo sueco aposta também em campanhas publicitárias para criar o hábito nas pessoas de repararem em vez de adquirirem novos equipamentos. “Através de vários métodos, queremos que as pessoas tenham mais facilidade em fazer a coisa certa”, explica o ministro, acrescentando que isso pode ser tão simples como colocar sinais mais claros, orientando as pessoas até aos pontos de reciclagem mais próximos.