Será que os mais conseguem mesmo viver sem um filho preferido? Muitos discordam e dizem ser completamente impossível não existir uma maior afinidade com um dos filhos. Mas qual deles?
Um inquérito realizado pelo site britânico Mumsnet e um outro feito pela plataforma Gransnet (o primeiro dedicado aos pais e o segundo aos avós) chegaram à mesma conclusão: o primeiro mostra que um quarto dos 1185 pais que responderam ao questionário têm um filho preferido e o segundo revela que o mesmo acontece com 42% dos avós que responderam ao inquérito em relação aos seus netos.
De acordo com o site Independent, mais de metade dos pais que admitiram ter um filho preferido confessaram que ‘o menino dos seus olhos’ era o mais novo. 61% disse que os filhos mais velhos são mais “complicados e exigentes”. Apenas 26% dos pais disseram que o filho preferido era o mais velho.
Para além disso, 41% dos pais que disseram ter um filho preferido disseram que o favorito ocupava essa posição por ter mais semelhanças com os progenitores. Mais de metade dos que confessaram uma predileção por um dos filhos disse que isso acontecia porque a criança os fazia rir mais do que os irmãos.
No entanto, muitos rejeitam este favoritismo: mais de metade das pessoas que responderam tanto ao inquérito da Mumsnet como da Gransnet disseram que ter um filho preferido é “horrível”. Três terços dos inquiridos acreditam que ter um preferido pode trazer efeitos terríveis para a vida dos restantes filhos.
“O favoritismo é um dos últimos tabus na nossa sociedade e pode provocar um grande sentimento de culpa. Por isso, é importante frisar que sentir uma maior afinidade por um dos filhos é comum e não tem de ser algo terrível”, defende Justine Roberts, fundadora do site Gransnet.
No entanto, Roberts deixa um aviso: “Um favoritismo tóxico, em que os irmãos têm noção de que são tratados de uma forma muito injusta, é outra coisa (…) Os pais amam os seus filhos de formas diferentes: o mais importante é amá-los a todos incondicionalmente”.